OS SOLOS E GEOAMBIENTES DAS CAMPINARANAS AMAZÔNICAS: RELAÇÃO GENÉTICA ENTRE OS GEOAMBIENTES E A EVOLUÇÃO DA PAISAGEM EM UM TRANSECTO NA BACIA DO ALTO RIO NEGRO, AMAZÔNIA

Autores

  • Débora de Sena Oliveira Mendes Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Guilherme Taitson Bueno Universidade Federal de Goiás
  • Felipe Silva Guimarães Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
  • Bruna Gomes Rossin Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
  • Nádia Regina do Nascimento Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v18i3.1192

Palavras-chave:

Campinaranas Amazônicas. Espodossolos. Evolução da paisagem.

Resumo

As Campinaranas Amazônicas da bacia do alto Rio Negro constituem ecossistemas singulares, que têm como substrato material arenoso, principalmente solos do tipo Espodossolos. Ocorrem em diferentes posições topográficas, como em zonas deprimidas sobre interflúvios tabulares, bases de vertentes, terraços fluviais e paleocanais e envolvidos pela floresta tropical amazônica, da qual diferem principalmente pelo porte dos indivíduos. Há variações fisionômicas importantes diretamente ligadas às condições edáficas (textura, teor de nutrientes e matéria orgânica), topográficas e à influência do nível freático. Embora ocupem áreas significativas da bacia do Rio Negro e constituam ambientes de grande fragilidade, ainda são poucos os estudos sobre a ecologia das Campinaranas na região. O Objetivo deste trabalho é caracterizar uma área de campinaranas além compreender relações genéticas entre o solo e a vegetação na escala da paisagem. Em campo foi feito um transecto abrangendo quatro geoambientes distintos. Em cada um deles o foram feitas análises do solo de complexo sortivo, teor de matéria orgânica, nitrogênio e textura. Constatou-se que os padrões florísticos, estruturais e de diversidade das Campinaranas estão fortemente relacionados à profundidade do lençol freático, à variação de textura e do teor de macro e micronutrientes. Dois geoambientes foram interpretados como mais antigos e dois como mais jovens a diversidade da vegetação e dos solos ao longo do transecto está intimamente ligada ao desenvolvimento e evolução da podzolização e ao processo de instalação e incisão da rede de drenagem na área. Conclui-se que a vegetação e sua variação no espaço se mostraram importante indicador da transformação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Débora de Sena Oliveira Mendes, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Possui graduação em Ecologia pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (2010). Possui mestrado em Geografia - Tratamento da Informação Espacial pela PUC MINAS (2014). Tem experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia, atuando principalmente nos seguintes temas: meio ambiente, pedologia, botânica, interações planta-solo.

Guilherme Taitson Bueno, Universidade Federal de Goiás

Possui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1997), mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001) e doutorado em co-tutela em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Campus Rio Claro-SP e em Sciences de la Terre pelo Institut de Physique du Globe de Paris (2009). Atualmente é professor do Curso de Graduação em Geografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Goiás - UFG. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Pedologia e Geomorfologia, atuando principalmente nos seguintes temas: paisagens naturais da Amazônia, sistemas latossolo/espodossolo, geoquímica e mineralogia de alteritas e solos, relações solo-relevo.

Felipe Silva Guimarães, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Possui graduação em Ecologia (UNI-BH), especialização em Gestão ambiental e Geoprocessamento (UNI-BH), mestrado em Geografia - Tratamento da Informação Espacial (PUC-MG) e atualmente cursa doutorado em Tratamento da Informação Espacial (PUC-MG). Trabalhou como analista ambiental e coordenador de projetos na empresa Oppus Acústica Ltda e como analista ambiental e preposto / supervisor de contrato pela empresa Carste Consultores Associados. Atualmente é professor nos cursos de pós-graduação Avaliação de impactos ambientais e recuperação de áreas degradadas e Meio ambiente e Geoprocessamento (UNI-BH). Também atua prestando consultorias na área de Geoprocessamento e mapeamentos com enfoque na área ambiental além de ministrar cursos particulares na área de Sistemas de Informações Geográficas (SIGs). Tem experiência na área de Recursos Florestais, Pedologia, Geoprocessamento, poluição sonora e docência.

Bruna Gomes Rossin, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Geógrafa e Professora de Geografia formada pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2007). Cursou pós graduação (mestrado) na Universidade Estadual Paulista UNESP/Rio Claro, vinculada ao Departamento de Planejamento Territorial e Geoprocessamento - DEPLAN/IGCE/UNESP Rio Claro (SP) .Atualmente cursa pós-graduação (doutorado) na Universidade Estadual Paulista UNESP/Rio Claro em co-tutela com a Université de Toulon (Fr). Desenvolve pesquisas, bem como consultorias técnicas, na área de Geociências, tem como temas relacionados Amazônia, Pedologia, Geomorfologia.

Nádia Regina do Nascimento, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

ossui graduação em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1978), mestrado em Geociências pela Universidade Federal da Bahia (1983) e doutorado em Geociências (Geoquímica e Geotectônica) pela Universidade de São Paulo (1993). Realizou pós-doutoramento no IMPMC/ Paris França (Institute de Minéralogie et de Physique des Milieux Condensés - Universidade de Paris VI Vicente Corruble) sendo acolhida na qualidade de Pesquisadora Associada nesta Instituição. É livre-docente pela UNESP (2012). Desde 2005 é professora na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Coordena Convênio CAPES-COFECUB entre o Programa de Pós-Graduação em Geografia da UNESP e o IMPMC/ Universidade de Paris VI (2012- 2013/2014; 2014 - 2015) Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Pedogênese, atuando principalmente nos seguintes temas: erosão química de solos, relações entre a evolução dos solos e a evolução dos relevos, podzolização e lateritização, solos tropicais, bacia amazônica.

Downloads

Publicado

11-08-2017

Como Citar

Mendes, D. de S. O., Bueno, G. T., Guimarães, F. S., Rossin, B. G., & Nascimento, N. R. do. (2017). OS SOLOS E GEOAMBIENTES DAS CAMPINARANAS AMAZÔNICAS: RELAÇÃO GENÉTICA ENTRE OS GEOAMBIENTES E A EVOLUÇÃO DA PAISAGEM EM UM TRANSECTO NA BACIA DO ALTO RIO NEGRO, AMAZÔNIA. Revista Brasileira De Geomorfologia, 18(3). https://doi.org/10.20502/rbg.v18i3.1192

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)