EVOLUÇÃO DA REDE DE DRENAGEM E EVIDÊNCIAS DE ANTIGAS CONEXÕES ENTRE AS BACIAS DOS RIOS GRANDE E SÃO FRANCISCO NO SUDESTE BRASILEIRO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v19i3.1304

Palavras-chave:

rede de drenagem, rearranjo de drenagem, captura fluvial, incisão fluvial, superimposição, Cenozoico

Resumo

O presente trabalho investigou a evolução da rede de drenagem na alta/média bacia do Rio Grande, com foco em evidências de antigas conexões entre esta bacia e a bacia do Rio São Francisco no sudeste brasileiro. Foi executada a análise conjunta de registros sedimentares, anomalias de drenagem, eixos de soerguimento e dados termocronológicos disponíveis. Feições como um baixo divisor anômalo, um cotovelo de drenagem, uma garganta e um antigo eixo de soerguimento evidenciam que o alto curso do Rio Grande, hoje pertencente à bacia hidrográfica do Rio Paraná, encontrava-se previamente direcionado para norte, rumo ao Cráton do São Francisco. O divisor ancestral entre as duas bacias hidrográficas coincidia com o eixo soerguido de direção geral NNW-SSE ao longo das intrusões alcalinas Neocretáceas que bordejam a nordeste a Unidade geotectônica Bacia do Paraná. O rompimento do divisor ancestral e a consequente captura fluvial provavelmente ocorreram após um soerguimento generalizado no Mioceno Médio, que causou a superimposição da drenagem a partir de uma paleosuperfície mais regular e a abertura de depressões. O baixo divisor anômalo na região de Pimenta-MG corresponde a um expressivo registro morfológico do paleovale que conectava as duas bacias atualmente separadas. Taxas médias de incisão de longo-termo foram estimadas em cerca de 10 m/Ma, com base no posicionamento das formações Marília e Itaqueri adjacentes ao médio vale do Rio Grande.

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Publicado

01-07-2018

Como Citar

Rezende, Éric A., Salgado, A. A. R., & Castro, P. de T. A. (2018). EVOLUÇÃO DA REDE DE DRENAGEM E EVIDÊNCIAS DE ANTIGAS CONEXÕES ENTRE AS BACIAS DOS RIOS GRANDE E SÃO FRANCISCO NO SUDESTE BRASILEIRO. Revista Brasileira De Geomorfologia, 19(3). https://doi.org/10.20502/rbg.v19i3.1304

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