ESPACIALIDADE E EVOLUÇÃO DA INCISÃO DE VALES FLUVIAIS A PARTIR DA DISSECAÇÃO DO RELEVO NOS DEGRAUS ESCALONADOS DO SUDESTE DE MINAS GERAIS - BRASIL

Autores

  • Breno Ribeiro Marent Universidade Federal de Minas Gerais
  • Roberto Célio Valadão Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Geociências Programa de Pós-Graduação em Geografia http://orcid.org/0000-0003-3449-7628
  • Luiz Augusto Manfré Universidade de São Paulo
  • Rodrigo Affonso de Albuquerque Nóbrega Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v19i4.1366

Palavras-chave:

Dissecação Fluvial, Bacia hidrográfica, Denudação Continental

Resumo

A configuração geomorfológica do sudeste de Minas Gerais é marcada por degraus escalonados em nítida conformação com a rede hidrográfica regional. A organização em planta destes degraus acompanha a distribuição espacial das bacias hidrográficas que drenam a área investigada. As bacias do interior continental, Paraná e São Francisco, localizam-se em degrau superior, enquanto as bacias costeiras se situam em distintos níveis topográficos, de tal modo que a bacia do rio Doce ocupa patamar intermediário e a do Paraíba do Sul degrau inferior. É atribuída a estas últimas maior capacidade denudacional em razão de sua maior amplitude altimétrica e por estarem elas diretamente atreladas ao nível de base geral do oceano. O presente trabalho investigou a dissecação e evolução espacial dos vales fluviais nos distintos compartimentos geomorfológicos em que se inserem esses conjuntos de bacias. Foi aqui empregado método de investigação da dissecação do relevo e da incisão dos vales fluviais apoiado em técnicas de geoprocessamento e na análise de atributos geocartográficos. Essas técnicas consistiram no uso de dados de elevação altimétrica para se calcular a declividade, a curvatura vertical das vertentes e a densidade de drenagem, parâmetros quantitativos fundamentais na elaboração de mapa de incisão dos vales fluviais. Os resultados demostraram que a evolução dos vales fluviais está fortemente condicionada aos diferentes graus de incisão da rede hidrográfica, evidenciando maior incisão nas bacias costeiras em comparação às bacias interiores. Nas bacias costeiras a incisão vertical mais efetiva da rede hidrográfica resultou no significativo encaixamento dos vales e, consequentemente, no seu gradiente e amplitude altimétrica mais elevados e no estreitamento de seus flancos. Tal condição geomorfológica, na área investigada, favorece a instalação de processos desestabilizadores das vertentes, uma vez que sua dinâmica se vincula no espaço e no tempo ao ritmo e vigor da dissecação fluvial. Por outro lado, naquelas bacias interiores a menor amplitude altimétrica dos vales favorece o seu entulhamento por sedimentos que transitam nas calhas fluviais.

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Biografia do Autor

Breno Ribeiro Marent, Universidade Federal de Minas Gerais

Departamento de Geografia

Luiz Augusto Manfré, Universidade de São Paulo

Departamento de Engenharia de Transportes

Rodrigo Affonso de Albuquerque Nóbrega, Universidade Federal de Minas Gerais

Departamento de Cartografia

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Publicado

01-10-2018

Como Citar

Marent, B. R., Valadão, R. C., Manfré, L. A., & Albuquerque Nóbrega, R. A. de. (2018). ESPACIALIDADE E EVOLUÇÃO DA INCISÃO DE VALES FLUVIAIS A PARTIR DA DISSECAÇÃO DO RELEVO NOS DEGRAUS ESCALONADOS DO SUDESTE DE MINAS GERAIS - BRASIL. Revista Brasileira De Geomorfologia, 19(4). https://doi.org/10.20502/rbg.v19i4.1366

Edição

Seção

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