AVALIAÇÃO DA ACURÁCIA VERTICAL DE MODELOS DIGITAIS DE ELEVAÇÃO PARA MAPEAMENTO DE AMBIENTES GLACIAIS E PERIGLACIAIS DA PENÍNSULA KELLER, ANTÁRTICA MARÍTIMA

Autores

  • Filipe Daros Idalino Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Kátia Kellem da Rosa Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Carina Petsch Universidade Federal de Santa Maria
  • Claudio Wilson Mendes Jr. Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Cleiva Perondi Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Júlia Lopes Lorenz Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Norton Buscher Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Jefferson Cardia Simões Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.20502/rbg.v22i2.2009

Palavras-chave:

Modelos Digitais de Elevação, geomorfologia paraglacial, Sensoriamento Remoto da Criosfera

Resumo

O presente artigo analisa a acurácia vertical dos Modelos Digitais de Elevação (MDEs) TanDEM‑X (TDX) e o Reference Elevation Model for Antarctica ‑ REMA2 e REMA8 ‑ e seu potencial no mapeamento de ambientes glaciais e periglaciais utilizando como estudo de caso a Península Keller (PK), localizada na Ilha Rei George (IRG), Antártica Marítima. A acurácia vertical dos modelos foi avaliada a partir de um MDE gerado por Fotogrametria, por meio do cálculo da Raiz do Erro Quadrático Médio (doravante denominado como RMSE) para toda a área da Península e para três classes de superfície: área livre de gelo, lagos e geleiras. Para a análise estatística também foi realizado o cálculo do coeficiente de correlação linear de Pearson (R) e da matriz de erro a partir dos valores de RMSE. O potencial dos MDEs para a análise geomorfológica foi avaliado com a aplicação do método Geomorphons para classificação automática de elementos do relevo glacial. Com um RMSE de 9,85 metros (m), o REMA8 apresentou melhores resultados. O TDX subestima as elevações em geral e o REMA2 superestima as maiores elevações. O TDX possui melhores valores de RMSE para as áreas livres de gelo (de 10,4 m) quando se desconsidera a classe de cobertura lacustre. Os 3 modelos apresentaram alto coeficiente de correlação. A classificação por Geomorphons, a partir do REMA2, mostrou melhores resultados no mapeamento de formas de relevo localizadas no ambiente paraglacial, identificando morainas, escarpas e terraços. As macroformas de erosão glacial chamadas arêtes foram melhores identificadas na classificação dos dados do REMA8 e do TDX. O REMA8 permitiu a classificação das feições de praias elevadas em quase toda a extensão costeira da Península e recomenda-se o seu uso para a identificação de paleoníveis de linha de costa. A maior acurácia vertical auxilia na melhor identificação das formas de relevo glaciais. As diferenças de acurácia vertical entre os MDEs foram influenciadas pelas características superficiais do terreno e a configuração dos elementos do relevo.

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Biografia do Autor

Filipe Daros Idalino, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Geógrafo e Mestre em Geografia. Aluno de Doutorado em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEA-UFRGS). Sensoriamento Remoto de Geleiras de Regiões Temperadas e da Antártica. Geomorfologia glacial

Kátia Kellem da Rosa, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Dra. em Geografia. Professora no Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Carina Petsch, Universidade Federal de Santa Maria

Dra. em Geografia. Professora no Departamento de Geociências, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Claudio Wilson Mendes Jr., Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Dr. em Ciências. Professor no Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Cleiva Perondi, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Geógrafa e Mestre em Geografia. Aluna de Doutorado em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEA-UFRGS).

Júlia Lopes Lorenz, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Aluna de Geografia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Norton Buscher, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Geógrafo, aluno de pós-graduação no MBA em Gestão de Projetos e Sustentabilidade Ambiental.

Jefferson Cardia Simões, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

PhD pelo Scott Polar Research Institute, University of Cambridge, Inglaterra, e pós-doutor pelo Laboratoire de Glaciologie et Géophysique de l'Environnement (LGGE) du CNRS/França e pelo Climate Change Institute (CCI), University of Maine, EUA. Professor titular no instituto de geociências, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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Publicado

01-04-2021

Como Citar

Idalino, F. D., da Rosa, K. K., Petsch, C., Mendes Jr., C. W., Perondi, C., Lorenz, J. L., Buscher, N., & Simões, J. C. (2021). AVALIAÇÃO DA ACURÁCIA VERTICAL DE MODELOS DIGITAIS DE ELEVAÇÃO PARA MAPEAMENTO DE AMBIENTES GLACIAIS E PERIGLACIAIS DA PENÍNSULA KELLER, ANTÁRTICA MARÍTIMA. Revista Brasileira De Geomorfologia, 22(2). https://doi.org/10.20502/rbg.v22i2.2009

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